Conhecer o seu comportamento e melhorar sistemas de resposta rápida são os objectivos
Os principais vulcões potencialmente activos nos Açores vão ser estudados durante os próximos três anos, num projecto de investigação que permitirá melhorar o sistema de resposta rápida em caso de erupção. "Vamos alguns dos mais importantes e assim aumentar o conhecimento sobre o seu comportamento, para melhorar o sistema de resposta rápida em caso de erupção", disse Vittorio Zanon, coordenador científico responsável pelo projecto do Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos (CVARG) da Universidade dos Açores.
Segundo o investigador, o estudo vai centrar-se nos vulcões das Sete Cidades (São Miguel), Pico e Flores e Caldeiras do Faial e da Graciosa.
"São importantes vulcões em relação aos quais não temos muita informação do funcionamento do sistema em profundidade que possa ser utilizada em caso de possível reactivação da actividade magmática", referiu o investigador do CVARG.
Vittorio Zanon explicou que o projecto PLUSYS vai traçar o percurso do magma e a sua desgaseificação desde o manto até a superfície "com a finalidade de obter um modelo da estrutura interna de cada um desses vulcões". Vão ser colhidas, entre outras, informações sobre as condições de génese e evolução dos basaltos.
"As diferentes temperaturas, pressão e conteúdo em gases são parâmetros fundamentais para a modelação das erupções e para uma correcta parametrização do risco vulcânico", explicou o investigador, sublinhando a "grande importância" do projecto no contexto científico.
Caldeira do Faial
O estudo permitirá indicar a quantidade de Flúor, Cloro, Iodo e Bromo, elementos gasosos presentes nos basaltos que podem ser libertados durante uma erupção e causar contaminação dos pastos e das águas, acrescentou.
Assim, durante três anos investigadores das Universidades dos Açores, de Perugia e Siena (Itália) e da Agência para as Ciências da Terra e Tecnologia (Japão) vão realizar vários trabalhos de campo e análises laboratoriais, com base nas amostras colhidas.
O projecto PLUSYS está orçado em 190 mil euros, financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.
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